Você já comeu um bolo de casamento congelado de um ano? Esta tradição de casamento do século 19 exige que os casais guardem a camada superior do bolo para serem congelados e consumidos no primeiro aniversário.
Dei comigo a rir ao ler relatos de recém-casados a descongelar os seus doces vencidos apenas para descobrir, não surpreendentemente, que não tinham um sabor muito bom. Eles riram muito juntos e, antes de se livrarem do último pedaço culinário de seu dia especial, lembraram-se de seus votos e de sua aliança de amor. Receber comunhão com a comunidade da nossa igreja é mais ou menos assim.
É sobre lembrar.
Na noite em que Jesus foi preso, ele sentou-se com seus amigos mais próximos para uma refeição especial chamada Páscoa. Comemorava o momento, cerca de 1500 anos antes, em que Deus libertou sobrenaturalmente a nação de Israel das mãos duras dos senhores de escravos egípcios. Este evento de “Páscoa” centrou-se na noite em que uma terrível praga passaria pela terra do Egito. Deus, no julgamento do rebelde Egito, tiraria a vida de cada primogênito de cada família. Exceto aqueles que seguiram este comando:
Naquela mesma noite, passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto de pessoas como de animais, e julgarei todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. O sangue será um sinal para vocês nas casas onde vocês estiverem, e quando eu vir o sangue, passarei por cima de vocês. Nenhuma praga destrutiva atingirá você quando eu atacar o Egito. – Êxodo 12:3, 7-13
Imagine o caos e a morte acontecendo do lado de fora da sua porta enquanto você está sentado com sua família para uma refeição. A praga chega perto da sua casa, mas “passa por cima” da sua casa porque o sangue de um cordeiro foi aplicado no batente da sua porta. Quão grato você ficaria por esse cordeiro? Quão grato você ficaria por Deus ter incluído você e sua família em Seu plano de salvação e libertação?
Esta Páscoa em particular com Jesus seria diferente. Aqui está o relato de Lucas sobre o que aconteceu:
Depois de pegar o cálice, ele agradeceu e disse: “Peguem isto e dividam entre vocês. Pois eu vos digo que não beberei mais do fruto da videira até que venha o reino de Deus”.
E tomou o pão, deu graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo que é dado por vós; faça isso em memória de mim.”
Da mesma forma, depois da ceia, ele pegou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vocês”. – Lucas 22: 14-20
Jesus está dizendo que esta é a última coisa que vou comer antes que tudo mude.
O que mudaria?
A liberdade da primeira Páscoa seria agora estendida a todas as pessoas, em todos os lugares. Não apenas liberdade da escravidão a um império perverso, mas liberdade do pecado e da morte.
Jesus seria crucificado pelo bem de toda a humanidade que ele tanto amava. Assim como a nação judaica foi ordenada a nunca se esqueça na noite da Páscoa, Jesus instruiu o mesmo: “Nunca se esqueça do que fiz por você”.
Os primeiros seguidores de Jesus incluíram esta ceia de “comunhão” em muitas das suas reuniões. Exceto para eles, não foi um pequeno biscoito e um gole de vinho, mas uma enorme refeição!
Eles se reuniriam, jovens e velhos, ricos e pobres, apesar de todas as divisões socioeconômicas e culturais, para celebrar a nova vida em Cristo. Eles compartilharam o pão e o vinho e se lembraram de Seu sacrifício.
A certa altura, a igreja em Corinto foi desviada. Suas festas de comunhão ficaram fora de controle. Eles colocaram os ricos em primeiro lugar na fila e evitaram os pobres entre eles. Como resultado, os ricos ficavam bêbados enquanto os pobres iam embora com fome. Eles esqueceram completamente o significado da comunhão. Paulo enviou-lhes esta carta:
Paulo teve que lembrá-los de que a comunhão não era uma refeição qualquer. O objetivo era comemorar a extrema humildade, sacrifício e amor demonstrado a todos nós por Jesus.
Quando nos aproximamos desta mesa, devemos fazê-lo com sobriedade, gratidão e com a crença de que Jesus é quem Ele disse que é. Ao recebermos, não apenas nos deleitamos com a misericórdia que nos foi demonstrada, mas também com as pessoas ao nosso redor.
O que acontece na mesa da comunhão deveria ser a base para todas as outras mesas em que nos encontramos.
Na nossa cultura apressada, a comunhão é muitas vezes um breve momento de reverência e adoração com uma xícara pequena e uma hóstia fina. Mas não é menos poderoso. Da próxima vez que tomarmos um gole de suco de uva e um pedaço de pão, vamos reservar um momento para relembrar a história, considerar uns aos outros e honrar Aquele que tornou nossa salvação possível.